Objetivo
A Baixada Fluminense se constitui em uma área plana entre Serras e a Baía de Guanabara, onde deságuam vários rios vindos dessas Elevações. Neste caminho, percorrido pelas águas e por vezes naturalmente inundável, foram se assentando ao longo de décadas cerca de 2,5 milhões de pessoas.
A bacia hidrográfica do Iguaçu-Sarapuí, localizada na Baixada Fluminense, abrange uma área de 726 km² distribuídos nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Nilópolis, Mesquita, São João de Meriti e Nova Iguaçu. Todos inseridos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As intervenções propostas neste documento contemplam regiões situadas nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias e São João de Meriti.
A Baixada Fluminense possui, desde a época em que o Rio de Janeiro era a capital do país, um sistema de diques feitos pelo DNOS (Departamento Nacional de Obras de Saneamento), cuja função era a proteção de pastos e plantações. Com o crescimento dos centros urbanos, foram necessários vários reforços dos diques para permitir também a ocupação humana de glebas um pouco mais elevadas da região. Assim, o DNOS construiu novos diques, canais auxiliares e comportas para manter, ainda que com certa fragilidade, a capacidade de drenagem de inúmeras áreas. Sem tais estruturas de proteção as planícies da baixada ficariam constantemente inundadas nas épocas de chuvas, pois parte dessas planícies são muito baixas e algumas chegam a estar abaixo do nível da água da Baía de Guanabara em ocasiões de maré alta.
Nesse sentido, foram criados conjuntos de comportas para controlar a vazão entre os rios e canais auxiliares, bem como dos reservatórios-pulmão (polderes). Essas estruturas executam o fechamento de vazão através de válvulas flap, evitando o retorno das águas do corpo hídrico principal para os reservatórios ou canais.